1 de abr. de 2010

Eu, Cindy, admito que...

Acredito sim em Deus.

É um assunto complicado esse de acreditar ou não em Deus, ter fé ou não, e como tudo muda na vida da gente.

Da mesma maneira que eu hoje, admito que sim, acredito, há uns anos atrás, eu admitiria que não, não acreditava. Mas o que me fez mudar? Que bom que algumas pessoas simplesmente acreditam. Eu não acreditava. Comigo o processo não foi natural.

Acho que, no fundo, eu sempre acreditei. Mas me revoltava. Porque não tinha resposta para algumas perguntas chaves para uma pessoa encanada como eu: de onde viemos e pra onde vamos. E a pergunta chave pra Deus: por que esconder tudo isso deixando que a gente viva cegamente.

Tive duas grandes perdas na minha vida. Uma inesperada e outra esperada, doída e quase desejada. O choque da inesperada me fez pensar. Eu e meu avô nem nos despedimos. Às vezes, conversamos em sonhos, mas eu comecei a pensar seriamente em encontrá-lo mais pra frente. Gostei da idéia. Já com a minha vó, depois de ver a situação em que ela estava, eu pedi para Deus para que se fosse melhor para ela, que a levasse, pois ela não merecia sentir o que estava sentindo. Eu me despedi da minha avó. Foi só encostar nela na UTI que ela, que não demonstrava nada e nem reagia a nada há dias e nem mais nenhuma vez depois daquilo, abriu os olhos e me olhou. A gente se entendeu.

Acho que a perda da minha avó, eu não conhecia de verdade o que é saudade. E não é uma viagem, um dia sem o namorado. Dói. Lembro da minha avó várias vezes durante o dia. Em várias situações que nem sei e me pego pensando nela. Quando viva, eu não imaginava que seria assim quando ela não estivesse mais comigo. às vezes eu chego em casa achando que ela está ali. E quando me deito, ainda acho que ela vai chamar ou que sei lá. Enfim, que está ali.

Foram as perdas e a saudade que me fizeram procurar Deus, e perdoá-lo. E confiar nele. Peguei de uma vez por todas, todas as minhas inseguranças em relações às questões existências e questionamentos e revoltas e resolvi simplesmente acreditar. Sem esperar respostas. Por que o conforto de acreditar em algo superior me preenche. Tapa os buraquinhos. Me satisfaz.

Minhas respostas, de uma maneira ou outra, vieram. Acredito no que me é mais conveniente acreditar. Acredito no que me acalma. Agora eu vejo que sei tudo que preciso saber e entendo que para tudo tem o seu tempo. Assim, eu rezo. Nas nossas conversas, eu agradeço por tudo, questiono, peço também e me sinto protegida. Aconteça o que acontecer, sozinha eu não estou.
E chame como quiser, Deus, universo, você mesmo. Eu acredito.

3 comentários:

Amanda Mirasierras disse...

Engraçado como as perdas sempre fazem a gente mudar de opinião sobre essas coisas, né. E engraçado tb como cada um reage de uma maneira diferente.
Eu acho que fé é exatamente isso, acreditar sem provas. E eu acho que é reconfortante, apesar de não saber mais como se faz.

Amanda Mirasierras disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tata disse...

Eu vi uma piada esse fds que cabe mt bem aqui (pq eu não vou dar a minha opinião pq eu não quero discutir)

Se vc acredita em deus, é bom rezar bastante, pq se ele fez tudo aquilo com o proprio filho, imagina com vc q ele nem conhece?!?!