26 de dez. de 2010

Jingle Bells

Eu amo o Natal.

Quando eu era pequena, ate 4, 5 anos atrás, o Natal era comemorado na casa da minha avó. Não havia uma grande árvore e também não havia papai noel fantasiado, mas havia o cheiro do assado, a mesa gigante em que todos ceiávamos juntos, cereja, o segundo dia do ano em que estávamos com a família do meu pai (porque o outro era a sexta-santa), um avô que amava muito e fazia questão de que todos os seus filhos estivessem ali perto da mesa em que ele era a ponta.

Nós ganhávamos os presentes a meia-noite. Como a família era pequena, todo mundo ganhava presente de todo mundo. Aí no Natal mesmo, a gente carregava todos os presentes pra lá de novo e brincava o dia inteiro. Comia nozes de montão. Brincada de STOP com a tia.

Pra mim, isso era Natal. Eu não pensava em Jesus, nem em lojas lotadas, nem em ter que ser feliz, nem em falar Feliz Natal pros amigos. Queria meu presente e passar um tempo com a minha família.

E então meu avô faleceu e com isso minha avó veio morar em casa. Sem a casa da avó, o Natal foi aqui em casa e meus tios, de má vontade, participaram por apenas mais um ano. Depois, no ano seguinte, estava a minha avó e apenas um irmão da minha mãe (que tem nove irmãos).

Minha avó morreu em 2008.

Não existe mais nenhum dia do ano em que comemoramos com a família dos meus pais. Eles têm coisas mais importantes para fazer.

Nos três últimos Natais, a família da minha mãe (uns 5 tios) passa aqui com a gente. Fazemos um pré-natal para decidir comidinhas e sortear o amigo secreto. Estão aqui os meus tios e tias que mais amo. Os primos que mais amo. A gente dá pequenas lembrancinhas às vezes só para não passar em branco e os presentes, deixamos para o amigo secreto e para as madrinhas e afilhados. À meia-noite, a criança mais nova coloca o menino Jesus no presépio. A gente reza. Temos um Papai noel Boneco em tamanho natural e tiramos fotos agarrando ele. A gente faz contagem regressiva e estoura champagne à meia-noite. A gente conversa, come cereja e nozes. Agora, eu até cozinho! Ainda sim, perto da meia-noite eu fico um pouco triste, porque no meu sentimento, o Natal é um pouquinho diferente.

Eu não ligo se a mídia e os shoppings e o capitalismo blá blá blá. Eu estou feliz no natal porque é um momento meu de agradecer a tudo e todos que eu sinto mas não posso ver por ter uma família maravilhosa e poder compartilhar com eles esse momento. Eu não escrevo um sms e mando pra vários contatos só pra que eles lembrem de mim. Eu simplesmente desejo do fundo do meu coração que todas as pessoas tenham esse momento que tenho com a minha família. Que aproveitem ao máximo.

E o meu sentimento na hora vai mudar. É difícil quando a gente passa muitos anos fazendo alguma coisa, acostumar com outra. Esse agora é o meu novo Natal. É o Natal que os meus primos mais novos conhecem. É o Natal que alguns nunca tiveram. É um Natal sim, muito feliz. E eu amo meu novo Natal com a mesma intesidade que amava o outro, só são sentimentos diferentes. =)

Espero que todos tenham tido um Feliz Natal!

Nós e a Beta que passou o Natal via Skype diretamente dos EUA

2 comentários:

Rubens disse...

Na minha família é meio que o contrário, até alguns anos atrás não existia muita tradição do natal, era só o básico ir na missa/ceia. Mas desde que minhas irmãs tiveram filhos agora a festa é bem maior, não sei se por causa das crianças. Eu até tô começando a gostar dos preparativos e da expectativa pela meia-noite (e todo mundo sabe que eu sou chato heheheh)

Tata disse...

Claro que é por causa das crianças, Rubens! heheh

Ci, qd a gente tiver nossos filhos (q serão nossos respectivos afilhados tb e vão ter a mesma idade, óbvio!) a gente pode ter uma nova tradição de Natal com eles???